sábado, 23 de junho de 2007

CARLA BRUNI



“…”Erguirse”fue el momento inaugural de una triple liberación. Libero las manos, lo cual permitió el paso al Homo faber. Libero la glotis y las manos, lo cual permitió el paso al hombre parlante, y la voz humana convertirse en esse instrumento mágico para la palabra y el canto.
Por ultimo, libero el rostro; en lugar de ser un “hocico” tendido hacia delante a rãs del suelo como el de un animal que merodea en busca de alimento, el rostro pasa a formar parte de una cabeza posada apacible y noblemente sobre los hombros. Esse rostro puede volver, com soberana soltura, su mirada hacia la altura y la lejanía, intercambiar sonrisas com sus semejantes, dejar que afloren sentimientos y emociones procedentes de la profundidad, que se elevan hacia la cima y acaban modelándola. Tengamos la ousadia de afirmar que, si todo rostro de ódio es feo, en cambio todo rostro en su bondade es bello. El rostro es el tesoro único que cada cual ofrece al mundo. …”

François Cheng em “Cinco meditaciones sobre la belleza”

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Oscar Niemeyer




“...A última função clara e definida do homem _ músculos que querem trabalhar, cérebros que querem criar para além das simples necessidades _ isto é o homem. Construir um muro, construir uma casa, um dique, e pôr nesse muro, nessa casa, nesse dique algo próprio do homem, é retirar para o homem algo desse muro, dessa casa, desse dique. Obter músculos fortes à força de os mover, obter linhas e formas elegantes pela concepção. Porque o homem, ao contrário de qualquer coisa orgânica ou inorgânica do universo, cresce para além do seu trabalho, galga os degraus das suas próprias ideias, emerge acima das suas próprias realizações. É isto o que se pode dizer a respeito do homem. Quando as teorias mudam e caem por terra, quando as escolas filosóficas, quando os caminhos estreitos e obscuros das concepções nacionais, religiosas, económicas, se alargam e se desintegram, o homem arrasta-se para diante, sempre para a frente, muitas vezes cheio de dores, muitas vezes pelo caminho errado. Tendo dado um passo à frente, pode voltar atrás, mas apenas meio passo, nunca o passo todo que já deu. Isto é o que se pode dizer do homem: dizer-se e saber-se. Isto verifica-se quando as bombas caem dos aviões negros sobre a praça do mercado, quando os prisioneiros são tratados como porcos imundos e os corpos esmagados se esvaziam imundos, na poeira. Pode verificar-se deste modo. Não tivesse sido esse passo, não estivesse vivo no pensamento o desejo de avançar sempre, essas bombas jamais cairiam e nenhum pescoço teria sido cortado. Receiem-se os tempos em que as bombas não caiam enquanto existam os bombardeiros, pois que cada bomba é uma demonstração de que o espírito ainda não morreu. E receiem-se os tempos em que as greves cessem, enquanto os grandes proprietários viverem ainda, pois cada greve vencida é uma prova de que se está dando um passo. E isto pode saber-se_ receiem a hora em que o homem não queira sofrer mais e morrer por um ideal, pois que esta é a qualidade base da humanidade, é o que a distingue entre todas as coisas do Universo.
…”

Jon Steinbeck em As Vinhas Da Ira

segunda-feira, 4 de junho de 2007



BUDDY IS SPEAKING: “I left my old home to ramble this country. See, nobody in our family had ever been off the farm where we lived. Never even thought about it. But Pa knew farm life was running down, and no future for me. ‘ Course, he and MA had never been off the farm either, so they really didn’t Hnow what was out there even a mile away, let alone in the big country. ’Son, don’t go astray, ‘ Was that they both told me. ‘ was what they both told me. ‘ Remember that love for God can be found.’ The railroad ran right by the farm. I just got my suitcase in my hand, walked across the tracks, caught me the end of an old freight train, and never did look back. If only I could Write, I could send a message back there, if only they could read.”


‘Suitcase un My Hand’
por Ry Cooder em “My Name Is Buddy”